Semana Saudável
Entre os dias 23 a 27 de Março, iremos realizar um rastreio na ESPSMM.
1 Respondes a um pequeno questionário
2 Medimos o teu IMC (Índice de Massa Corporal)
3 Consoante os teus resultados recomendamos-te o tipo de alimentação e exercício físico específico que deves realizar para adquirir ou manter um estilo de vida saudável.
Entrevista com Dr. Helena Real
Nutricionista da Associação Portuguesa de Nutricionistas
Rótulos alimentares
Aprender a ler e a interpretar os rótulos dos produtos alimentares ajuda a fazer escolhas adequadas no que diz respeito à alimentação.
A rotulagem dos alimentos encontra-se actualmente legislada e deve obedecer a uma série de regras de forma a esclarecer e proteger o consumidor no momento de compra.
Para se saber o que realmente se está a comprar e a consumir é necessário que as indicações presentes nos rótulos estejam bem explicadas e sejam bem interpretadas pelo consumidor.
A informação contida num rótulo deve ser bem legível, encontrar-se em português e num local bem visível da embalagem.
- O nome do alimento ou denominação de venda, para que o consumidor saiba exactamente o tipo d alimento que compra. (Por exemplo, "Iogurte com aroma a baunilha")
- A quantidade líquida, que indica peso ou volume do alimento.
- As condições especiais de conservação. (Por exemplo, em alimentos que devam ser consevados no frio: "conservar no frigorífico depois de aberto" ou "consumir no prazo de 3 dias")
- As instruções de utilização/preparação
- O prazo de validade: data limite de consumo (a data deve ser respeitada) ou de durabilidade mínima (o alimento pode ser consumido após a data indicada, mas com perda de qualidade do produto).
- A lista de ingredientes e aditivos, indicados por ordem decrescente de peso.
- Os valores nutricionais, devem ser expressos em 100g ou 100ml de produto ou por dose média consumida. No caso das vitaminas e sais minerais, além da quantidade em que estão presentes é obrigatório apresentar a percentagem da dose diária recomendada (%DRR) fornecida pelo produto.
- A apresentação desta informação pode ser feita numa versão mais resumida, que deve referir o valor energático, proteínas, hidratos de carbono e lípidos ou numa versão mais alargada que para além destas indicações deve apresentar informações sobre açúcares, ácidos gordos saturados, fibras alimentares e sódio. Podem ainda ser incluidas as quantidades de amido, polióis, ácidos gordos mono e polinsaturados, colesterol, vitaminas e minerais.
- O nome e morada do fabricante, embalador ou vendedor, para posterior contacto, caso necessário.
Apesar de legislada, pode-se encontrar rotulagem enganosa como neste exemplo:
O regulamento (CE) nº 1924/06 do Parlamento Europeu e do Conselho, já veio impôr restrições aos alimentos que ostentam alegações nutricionais e de saúde, ainda que com algumas falhas. O mesmo se espera para os rótulos alimentares. A rotulagem deve não só ser obrigatória para todos os produtos alimentares, como a sua aplicação deve ser legislada e controlada.
O aditivo alimentar é a substância adicionada intencionalmente aos alimentos sem propósito de nutrir, com o objectivo de alterar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais durante os processos de preparação, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento.
Há vários tipos de aditivos alimentares, os mais conhecidos são os "Es", que são códigos de referência legislados, estabelecidos pela União Europeia. Existem aditivos alimentares inofensivos e outros prejudiciais para a saúde.
Grupos:
- Os corantes (E100-180) - alteram a cor do alimento
- Os conservantes (E200-290) - previnem ou inibem a degradação nos alimentos por exemplo por fungos e bactérias. (Vejam o exemplo das batatas fritas no video em baixo!)
- Os antioxidantes (E300-322) - Previnem a oxidação. Protejem os tecidos, as células o DNA e outros componentes do corpo contra os radicais livres, que são moléculas que se ajudam a induzir por exemplo doenças cardíacas e o cancro.
- Os emulsificantes e estabilizadores (E400-495) - aumentam a duração, modificam a textura e a consistência dos alimentos.
E-100; 101; 103; 104; 105; 111; 121; 122; 132; 140; 151; 160; 162; 170; 171; 175; 180; 181; 200; 201; 202; 236; 237; 239; 260; 261; 270; 280; 281; 282; 290; 293; 300; 301; 302; 304; 305; 306; 307; 308; 309; 322; 325; 326; 327; 331; 332; 334; 335; 336; 337; 401; 402; 403; 404; 405; 406; 408; 410; 411; 413; 414; 420; 421; 422; 440; 470; 471; 472; 473; 474; 475 e 480.
Aditivos Cancerígenos
E-102; 110; 120; 124; 127; 131; 142; 210; 211; 212; 213; 214; 220; 225; 230; 251; 311; 330; 407; 450.
De todos os "Es" o 330 é o mais perigoso. Toma atenção aos rótulos dos alimentos, este pode-se encontrar em gelados de morango, alguns sumos, e em algumas marcas de queijo fundido.
Aditivos que provocam:
- perturbações intestinais: E-330; 339; 340; 341; 400; 461; 462; 463; 466 e 467.
- perturbações da pele: E-220; 231; 232; 233.
- perturbações e alteração na digestão: E-330; 339; 340; 341; 400; 461; 462; 463; 466; 467.
- cálculos renais: E-447.
- acidentes vasculares: E-230; 251; 252 (produtos de charcutaria)
- destruidores de vitaminas: B12: E-220.
- colestrol: E-320; 321.
- aftas: E-330
- diarreia: E-407.
Vejam agora esta experência realizada a proposito dos conservantes contidos nas batatas fritas!